
domingo, 26 de junho de 2016
as lembranças impalpáveis
Não tenho palavras para falar sobre a minha própria mente. Não sei o que fazer para lhe trazer novamente. Não sei o que dizer para que você possa me ouvir. Tudo parece deixá-lo. Tudo parece me separar de ti. Não, eu não tenho palavras para dizer o que penso. Eu não sei o que faço para lhe trazer outra vez. Não sei sequer o que digo para que possa me ouvir. Tudo parece deixar-me. Tudo me separa de ti. Amor, que caminho foi esse que escolheu seguir? Por que não consultou o coração? Agora tenho que lhe pedir perdão pelos sonhos que viraram canção. Eu o amei de olhos fechados, como jamais. Foi maior do que tudo que era anterior, mais do que fui capaz. E eu nunca vou me esquecer das vezes me fez sorrir, ainda que em outras lágrimas fez cair. Eu o amei de olhos fechados, e o amaria pra sempre assim, mas você não quis. Agora eu tenho que seguir. E lá no cais eu olho o movimento das águas como se fosse um acenar. Em algum lugar do horizonte sei que está, mas o vento o levou para longe e aqui não mais há. Eu o deixei da minh'alma partir, para que fosse feliz, para que fosse feliz. E a única coisa que me acalma nessa perda de palavras, nessa falta insubstituível.... são as lembranças impalpáveis que você fez ficar em todo meu ser, ao adormecer.


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